"Aleatoriamente penso, organizadamente escrevo. E vice-e-versa."

segunda-feira, 28 de março de 2011

DOS VÍCIOS -

"Vício é sinônimo de fraqueza. Não devemos depender de nada, se não de nós mesmos. Deus nos proveu do necessário. Lidemos com isso. E de bom grado."

"O álcool só desinfeta o corpo, não a alma. Não importa o quanto você beba, não irá desinfetar seus problemas."

"A própria química nos ensinam que álcool e sangue não são elementos que se harmonizam entre si. Desequilíbrio opcional de cada um..."

"Do pó viemos, ao pó voltaremos. Atenção no durante."

"Trago apenas arrependimentos e algumas lembranças empoeiradas."

"Quanto mais você se droga, mais esvazia o vazio que existe ali."

"O que eu colhi? Tristezas e ressaca. Física e moral."

"Não sabia que existia máscara em pó."

"No começo, me sentia como homem, quando ainda era moleque. Se sentia homem, quando agia como bicho. Bicho-homem. É o único irracional por opção."

"Adversário disfarçado de Amigo. Adversário vouluntário. Contra disfarçado de Pró. Contra disfarçado de Pó."

"Tudo fica ilusoriamente mais interessante quando você usa. É um paraíso momentâneo de mentira que você não quer sair. Afinal, ele é a sua fuga daquele inferno do qual você não consegue sair."

"A droga me dizia o quê fazer, onde fazer, com quem fazer e por que fazer. Sem eu nem perceber. Eu confiava nela. Como um refém confia no seu sequestrador. Síndrome de Stocolmo."

"Meu corpo era apenas um veículo pra ela agir. Como se tivesse vida própria."

"Como pode uma dose de uísque ou uma carreira de pó fazer a MESMA coisa parecer tão certa, e em outras situações, tão errada?"

"Algum tipo de vida inteligente se alimentava disso. E eu era o hospedeiro."

"Quem disse que a noite acabou quando o Sol já nasceu?

"Culpa-se o vício, culpam-se as substâncias, culpa-se a química. Mas o ser humano quase nunca culpa a si mesmo. Alega ser vítima do vício, quando na verdade é sempre vítima de si mesmo."

"Enquanto me arrastava, ainda tentava desfilar. Tentava falar o correto, mesmo afogado em um abismo de erros. Tentava aconselhar os outros, quando no fundo aconselhava à mim mesmo. Era como falar para um espelho. Um espelho sujo de areia, suor e cocaína."

"Eu dormia enquanto todos iam à praia. Eu cheirava enquanto todos comiam. Eu acordava quando todos dormiam. E enquanto todos se divertiam, eu fingia. Quando todos sorriam, eu não entendia. Preferível não ver, ou não ouvir...ou melhor, ver e ouvir sim. Mas simplesmente não me importar. Afinal, já que eu enganava à todos com minha postura, descobri um jeito de começar a enganar a mim mesmo...e um belo dia, quando não mais me enganei, simplesmente me conformei. E estagnei. Paralizei. E eu precisava voltar a me mover novamente...pois a estátua de pedra que eu havia me tornado começava a ruir, tal qual uma estátua de medusa, que só era estátua pois era medusa..."

"Havia me tornado um próprio tornado, em torno do meu trono imaginário."

"Será que você nasceu para servir propósitos tão banais? Viciações?"

"No mar afogo meus vícios, e desafogo minhas virtudes."

"Se a noite é uma criança, a minha nasceu prematura e deformada."

"Um viciado em drogas sempre acaba perdendo a credibilidade, em todos os quesitos, hora ou outra."

"O indivíduo que se droga tem preguiça de ser homem ou preguiça de ser mulher. Preguiça de ser pensante, preguiça de ser decente. Drogar-se é tomar um banho de irracionalidade, um auto-bombardeio químico no cérebro e corrente sanguínea, buscando uma paz interior ilusória, no refúgio de si mesmo, alheio aos próprios pensamentos e noções de responsabilidade, tudo isso através de uma guerra voluntária que ele mesmo declara contra si mesmo e as leis da natureza que se refletem no seu corpo físico e espiritual. A paz que o viciado busca, não se encontra nessa letargia voluntária. O letárgico não tem paz, pois a paz é racional, decorre de uma análise interior e exterior de todas as coisas constatadas pelo seu corpo e pelo seu espírito. É um estado do espírito, natural, e não resultado químico momentâneo, que resulta do uso de alguma substância entorpecente. E drogar-se, como já disse, é travar uma guerra contra si mesmo. Ora, só pode haver paz, quando inexistir a guerra. Só existe equilíbrio físico-químico em um corpo, se o mesmo estiver de acordo com as leis naturais universais. Cause uma turbulência voluntária em um átomo que seja, e terás o  imediato desequilíbrio, desequilíbrio esse que do corpo, será por sua vez automaticamente transferido diretamente para a alma. Tu és responsável não só pelo teu macro particular, mas pelo micro também. Afinal, da ordem do micro, resulta o teu macro perfeito e sistemático. Tenta reger teu corpo com a mesma noção de responsabilidade, prudência e amor com a  qual Deus rege o Universo infinito."

"Todo problema com vícios começa como tentativa de solução de um problema qualquer."

"Para que algo fosse legal no meu mundo, eu dependia do ilegal do mundo dos homens."

"Viciei-me em combater meu vício."

Nenhum comentário:

Postar um comentário